19:05

Nota Introdutória - O Novo Livro

Publicada por Jonas Matos |

Afinal, tudo isto não foi mais do que um momento estúpido de uma saudade em que nem tudo foi ponderado. Positivista o quanto basta, lembrei-me só dos escassos bons momentos que passei contigo. Deixei escapar uma série de boas oportunidades de ser feliz pela angústia idiota de ver que tudo poderia repetir. A última, aquela em que senti que realmente gostavam de mim, foi-se pela minha indisponibilidade física e mental. Não te sintas cúmplice desta situação – não és tu a causa disto como eu sei que tanto gostarias de ser – a culpa é minha por não ser bom com as palavras, não ser bom com os meus sentimentos. Peço desculpa a quem me amou e eu, no meu jeito tão atrapalhado de ser, não consegui amar da maneira que queria. Sou assim.

21:48

Capitulo II – O Fim

Publicada por Jonas Matos |


A linha infinita do comboio, o barulho silencioso do fumo do meu cigarro, a cara cinzenta das pessoas que, como eu, esperavam por mais uma viagem quotidiana, levou-me a pensar que tudo o que se viveu foi em vão. Apaguei de mim tudo aquilo que lembrei ter teu de momento. O número de telemóvel, a aninha que carinhosamente lhe chamávamos aliança, o teu cheiro, a tua comodista e interesseira forma de agires que até lhe chamavas vida.
Estou a escrever um novo livro, um livro que começou em branco, sem nada escrito, um livro que não quero terminar, um livro que quero que seja tão atípico quanto eu sou.

21:16

Afinal não há amor como o primeiro

Publicada por Jonas Matos |

Se há muito não pensava em ti, hoje acordei com aquela estranha sensação de que tinhas dormido ao meu lado. Sonhei contigo. Acredita que por muito que tente querer-te odiar, há sempre a parte mágica tua que prevalece em mim. Ando a pensar em ti não é pela saudade dos maus momentos nem pela nostalgia da infidelidade verdadeira na qual nunca quis acreditar (até um dia a ver). Vejo em alguém que hoje se torna chegado, a tua expressão doce, a tua maneira meio atrapalhada e lunática de encarar a vida. Não consigo perceber. Penso que, no fim de quase um ano de fim de namoro, te tinha completamente esquecido; revivo-te outra vez, a cada momento, por um estúpido sonho, por uma estúpida comparação a outra pessoa. Metes-me nojo por ainda estares em mim, arrepias-me por pensar que eu não posso ser mais por causa de ti; pensar que, por a mínima coisa que seja, me possa apaixonar por esse alguém, pensando que és tu. Chorei, e hoje voltei a chorar. Como alguém me disse – “porra mas onde anda a tua dignidade?”
Afinal, não há amor como o primeiro.

20:57

"The dream comes true"

Publicada por Jonas Matos |

Não faz de todo o meu género fazer qualquer tipo de manifesto político em público.
Facto é que de hoje em diante, o mundo não será o mesmo.
Não só pela cor em si, mas sobretudo, pela atitude humilde e tolerante com que Obama se apresentou às americanos e ao mundo.
Esqueceu as câmaras, olhando de cabisbaixo para todos os americanos, cerca de 2 milhões, que ao frio, o queriam ouvir.
Obama foi objectivo, concreto e, em vinte minutos, disse mais (não interesse agora se vai cumprir) do que qualquer político contemporâneo diz numa sessão solene de abertura de uma nova era politica.
Todos estamos presentes numa nova etapa mundial que podemos dizer aos nossos filhos e netos que a vivemos. Num mundo onde o preto há 50 anos ainda era considerado lixo, temos hoje o mesmo preto presidente de uma grande nação. Luther King deve estar onde ele estiver a rir-se – “I’ve a Dream” – Sonho concretizou-se. Afinal, Obama e todos nós que acreditamos na mudança conseguimos – “Yes We Can”.
Mesmo sendo considerado um homem para desiludir, eu enquanto europeu, confio nele; se fosse americano confiaria també.

O sonho tornou-se realidade.

23:24

Louco, sou eu

Publicada por Jonas Matos |

Na nova etapa,
Sofre-se sempre mais um pouco.
Na vida só se destapa,
Todo aquele que é louco.

Louco, sou eu.
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Feliz 2009, uma nova estapa