22:38

27/03/2009

Publicada por Jonas Matos |

Talvez tenha sido o dia que nos últimos dias me senti mais próximo de alguém.
Senti aquela boa necessidade de estar próximo de ti, de absorver o teu cheiro e tudo aquilo que está inerente ao espírito do teu corpo. Gostei de sentir a tua pele macia que carrega tudo aquilo que és e que um dia, para breve, também quero ser.
Sinto-me petiz nesta paixão já um pouco mais do que imaterial.
Adoro que me beijes sem me aperceber, ou que me fales ao ouvido, baixinho, prometendo-me tudo aquilo que eu quero ouvir.
Sinto-me feliz em saber que tenho ainda em mim o teu cheiro, sinto-me feliz por saber que já tenho um bocadinho de mim em ti.

22:08

Ser teu

Publicada por Jonas Matos |

Não saberia dizer-te ao certo se alguma vez iria mudar de opinião tão depressa em relação um assunto que me é caro.
Hoje, quero amar-te. Amar-te incansavelmente e saber que, no final de um dia de calor e de sol ou de chuva e frio, eu serei teu. Acredito que, no teu próprio mundo, pensas que me gostas e que eu te gosto.
Sinto necessidade de pensar que não sou mais uma das tuas peripécias ou da libertinagem carnal.
Quero ser só teu.
Quero sentir que o meu toque em ti não é um repouso noutro qualquer sítio.
Quero sentir um beijo teu com o teu espírito.
Quero cercar-me dos teus chochos e enleios, sem sofrer a relutância de ficar.
Quero ver-te perto de mim.
Quero aproximar a cabeça do teu peito e sentir o teu cheiro, quase desconhecido.
Saudades dos teus olhos e do suspiro que sussurra.

22:19

Eu era puto

Publicada por Jonas Matos |

Sinto falta dos momentos em que pensava que as incertezas eram certezas absolutas.
Sofro pela mágica dos chochos que significavam juras fieis de um amor autêntico e intenso.
Quero aqueles “chi-corações” que me enchiam de um lufada só, pois tinha a firmeza de uma mão quente quando me limpavam a lágrima cálida e salgada que me corria pela cara.
Eu era um puto.
Pareço que me consumi em mim próprio. Soltei as feras e, parvo, fiquei estupefacto a olhar para elas deixando-me que me comessem.
Se há dias nos beijávamos loucamente cientes de que algo iríamos construir, como se fossemos putos – tínhamos as cachinadas, os saltos, os guinchos, a consonância – agora estamos asfixiados na questão dúbia de quem realmente somos.
Perdemos os últimos parágrafos do nosso conto de fadas, entramos no mundo encantado das mentiras certas, no qual o Pinóquio passou a ser o juiz.
Quero-te de volta, não para mim, para ti mesmo.

20:09

Destruidor de Sonhos

Publicada por Jonas Matos |

Sou um destruidor de sonhos.
Podem-me chamar horrendo, não me importo.
Sinto falta de uma noite de sexo, de amor, ou de prazer, chamem-lhe o que quiserem, não passa de uma mistura de fome e de sede que quero saciar.
Fartei dos beijos carinhosos e dos abraços que me sufocavam. Quero outra coisa.
Sinto falta que me agarrem na porta de um carro, onde me faço de ingénuo, e não percebo o que está acontecer. Simplesmente quero corromper os teus olhos de tanto prazer carnal e levitar de tanto desejo.
Quero que as minhas mãos suadas escorreguem no teu corpo húmido onde já não sabemos qual é a transpiração de cada um, afinal, é nossa.
Quero comer e ser comido por dentro e por fora.
Estou farto da monotonia do Amo-te repetitivamente usado e da constante hierarquia de palavras até chegar lá.

21:35

Realidade

Publicada por Jonas Matos |

Há tantas canções no universo vazio.
Há demasiadas asas no vendo distante.
Tantos espíritos que quero pô-los para trás.
Cada um deles pode ser teu, cada palavra pode ser a tua verdade.
Ou a minha mentira.

Esta é minha realidade.
Tu és parte de mim,
Cada palavra que nada mais é o do que um gesto de saudade.
Em qualquer da palavra que eu veja, vejo-te a ti.

09:03

Estado

Publicada por Jonas Matos |

O álcool dá-nos uma perspectiva da realidade. Pode ser ténobra, nublada, mas mais autêntica, ingénua e genuína que possamos ter.
Sinto-me numa imensa necessidade de ficar neste estado.
Eu não sei seguir em frente, afinal nunca deixei nada para trás, pelo menos assim acho.

21:12

Preliminares

Publicada por Jonas Matos |

Estes são os preliminares de um livro ainda sem começo.
Creio que, cada vez mais, sou um ser que não sabe amar, que não se sabe apaixonar. Não me apaixono facilmente.
Senti por ti uma forte empatia que se prolongou por uns dias de forma mútua, mas depressa se desmoronou num súbito desinteresse teu. Há quem não ligue às mensagens, eu ligo; há quem não apegue aos telefonemas, eu apego-me; há mesmo quem pense que um conhecimento numa noite escura de flashes, luzes, droga, álcool e música alta seja apenas isso. Contigo e comigo não foi – pelo menos para mim. De facto senti logo que poderíamos ser alguma coisa – amigos, porque não?
Devido à minha falta de coragem não meti conversa, parece que senti uma inspiração divina – “Se sentir o mesmo que estás a sentir, vai conseguir chegar a ti” – facto é que conseguiste. Depois daquela conversa num jardim, onde crianças brincavam, velhotes passeavam e adolescestes se drogavam, fizeste-me sentir especial dado que é raro fazeres aquilo que fizeste comigo, dizes tu.
Combinámos outro encontro, desta vez uma coisa mais íntima, pensei eu, pensas tu. O problema é que eu levei o encontro num sentido, tu levaste noutro. Além do atraso, de pressa foste-te embora, dizendo apenas que já tínhamos entrado num intimidade que tinha que acabar. Acordei-te uma vez, fui almoçar contigo outra vez e fui ao cinema contigo outra vez – intimo? Não. Amizade? Um começo acelerado talvez.
Parece que esqueceste quando, por uma razão ilógica, me disseste mal de um amigo, que te ouvi, sem ripostar, aconselhando-te até num já de ser mais do que tu és realmente para mim.
Agora sinto falta das tuas mensagens começadas por “Mr. Jones”, perguntando-me mil e uma coisas sobre a minha vida. Sinto falta do bom dia e da boa noite – coisas que me acostumei de tal forma numa semana que hoje dou por mim constantemente olhar para um telemóvel como se fosse a minha única forma de vida.
Sinto-me nos antípodas da vida, coisa rara em mim – triste ou alegre; conflituoso ou social. Tudo isto porque depositei em ti a minha tábua de salvação? Que culpa tenho eu de o teu relacionamento anterior ter sido longo, ter acabado mal, e de tu não superares isso? Eu não tenho culpa. Não tenho culpa de me teres dado aquela esperança mínima de me apaixonar por ti. Porque me a deste?

21:01

Deixar de Existir para viver

Publicada por Jonas Matos |

Não sei se é do calor parvo que vem e volta que sinto aquela necessidade de acordar ao lado de alguém. Alguém que eu sinta que goste de mim, alguém que eu também goste. Tenho essa pequena grande dificuldade de não conseguir ainda no auge dos vinte conseguir exprimir aquilo que sinto.

Afinal, quero fazer mais do que existir, quero viver.

12:30

Sonhos

Publicada por Jonas Matos |

Trocamos os sonhos por qualquer merda.
Porquê?
Temos que ser putas para a concretização de sonhos?
Ou Viveremos apenas das angustias banais de uma vida normal?