21:48

Capitulo II – O Fim

Publicada por Jonas Matos |


A linha infinita do comboio, o barulho silencioso do fumo do meu cigarro, a cara cinzenta das pessoas que, como eu, esperavam por mais uma viagem quotidiana, levou-me a pensar que tudo o que se viveu foi em vão. Apaguei de mim tudo aquilo que lembrei ter teu de momento. O número de telemóvel, a aninha que carinhosamente lhe chamávamos aliança, o teu cheiro, a tua comodista e interesseira forma de agires que até lhe chamavas vida.
Estou a escrever um novo livro, um livro que começou em branco, sem nada escrito, um livro que não quero terminar, um livro que quero que seja tão atípico quanto eu sou.

4 comentários:

catarina ferreira disse...

Não estás com uma sensação de leveza incrivel?!

Quando conseguimos banir da nossa vida aquilo que nos faz mal, todo um sol imenso parece brilhar sobre nós...

Que o novo livro que estás a escrever, tenha uma história feliz!

:D

Adão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Adão disse...

É difícil apagar muita coisa da nossa vida... parece que desligar é penoso... e não conseguimos viver para além disso. Mas quando finalmente damos a volta... quando finalmente enchemos o peito de ar e respiramos fundo... verificamos o tempo que perdemos a pensar em coisas e em pessoas, que não mereciam nem metade dessas considerações. Como dizia o outro num qualquer filme americano: "o fim das relações são como o IRS. Arquivam-se durante 5 anos... e depois são destruídas".

Anónimo disse...

nem tudo o que pensamos acabado e termiando realmente o está... mas, o que realmente interessa é que te sintas bem e que se já ultrupassas-te tudo ao que chamas livro, está na altura de o pores na parteleira para, quem sabe um dia mais tarde o releres e e reflectires em tudo o que passas-te/fizes-te nessa altura e perceberes o quanto evoluis-te (ou evoluiram) como seres...