Puzzles, post-its e outros retalhos.
São assim os sentimentos de quem pensa que vive numa indiferença de sentimentos.
Não, de facto, não. O ardor quente de outrora voltou, não tão forte e aceso, mas voltou. Afinal, ainda não me és indiferente.
Este monte de tralha de sentimentos pertence-me e sobretudo, pertence-te.
Se um dia poderíamos ter construído uma muralha de um castelo e segurarmos todas as peças, hoje apenas podemos colar papeis. Daqui a um tempo teremos que os descolar. É como esta sociedade: aproveitar tão só e apenas o que é imediatamente bom.
Puzzle já era, não temos o essencial, a areia e todos aqueles pequenos grãos que nos faziam tão únicos.
Post-its podemos tentar, daqui a uns meses já não estão do placard central do que somos (?).
Retalhos, que serão? Mais um forma bonita de dizer que somos qualquer coisa mesmo não sendo.
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2 comentários:
É verdade o que dizes da sociedade mas tambem é verdade que esses mesmos retalhos que falas são pedaços de nós que um dia demos aos outros e que com sorte os outros tambem nos deram a nós.
Os sentimentos sejam eles de que natureza forem são mesmo assim: complicados e confusos. Mas infelizmente nesta matéria (ou felizmetne dependendo dos casos) só há uma coisa a fazer que é ouvir a voz do coração. (Saiu-me terrivelmente lamechas e aproveita porque não me vais ver tão cedo escrever algo assim).
Boa sorte!
Parece-me que isso residirá nas recordações do que foi, ou no que poderia ter sido. Nada permanecerá igual, até porque nós mudamos constantemente.
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