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Encosto

Publicada por Jonas Matos |

“Procura-se pessoa inteligente com sentido de humor, disponibilidade para conversar sem ser banal, que ature birras por perfeições e que no final de um dia em que tenha sido o pior dos namorados me diga: mas eu gosto de ti.”
Poderia ser um protótipo de um anúncio escrito por mim.
Pode parecer arrogante, mas não me sinto culpado por este sentimento de impunidade em relação ao “Amor”.
Não sou exigente nas palavras – só peço um gosto de ti – e não imponho aqueles vocábulos melosos e apaixonados que todos dizem. Quero algo diferente e que realmente me complemente e que me faça completar alguém.
E eu que até costumava acreditar no “Amor” vejo-me agora a braços com uma forte apatia.
Só peço um encosto.

12 comentários:

Satine disse...

foste tu que escreveste? lindo.. =') posso roubar para o meu blogue cm remissão para aqui?

ass joaninha* (da fdl)

Jonas Matos disse...

claro que sim :) bjo ****

Bruno Ferreira Costa disse...

Profundo, simples, mas do mais belo!
Abraço Jonas!

Catarina disse...

Percebo perfeitamente.

Unknown disse...

belíssimo texto, percebo te bem, abraço

apessoa disse...

Caí aqui de pára-quedas e calha-me logo um texto assim?

Um dia destes alguém te apanha...
Com um texto desses não te vão faltar fãs à perna...

Rita Paias disse...

Excelente texto :) Percebo-te muito bem.

Bj*

Anónimo disse...

Se algum dia exigires de alguém, mais do que aquilo que exiges para ti, então sim, estarás errado. Nunca outrora amei de verdade, nunca me dei ao trabalho de me entender, tão pouco fiz para que me entendessem - nunca precisei que o fizessem - e bastava-me apenas olhar ao espelho, ao fim de um dia, mesmo que tivesse sido o pior Eu até então, para entender um pouco mais de mim, sem que me entendesse na verdade. Afinal, nunca nos entendemos completamente. Soube-o quando percebi que nunca iria gostar de ninguém, se não gostasse mais de mim próprio, lera-o nas entrelinhas de um dito "amor" passado, e na verdade, só gostando de cada traço interior, pude exteriorizar o que sentia, tarde, talvez. Ou talvez nunca seja tarde. Talvez passemos uma vida a acreditar que não é tarde, sem percebermos que todos os dias... são tarde. Ou talvez cheguemos ao final do dia, quando o sol já foge, e os olhares se cruzem, de forma indiscreta, não tão disfarçadamente como seria de esperar. Talvez cheguemos ao final do dia, e não tenhamos que dizer nada, porque às vezes basta que olhemos, tal como todos os dias nos olhamos ao espelho, e vemos... vemos! O que quer que seja. Entre olhares, depois de um dia que parecia ser o pior.

Jonas Matos disse...

Anónimo, gostei do que escreveste :) Obrigado pelo comentário. Gostei mesmo muito. Gostava de saber quem és :)

Jonas Matos disse...

Eu sou assim e assim sou eu, obrigado também :)

Anónimo disse...

"Anónimo", tão mais banal, tão mais um-pouco-de-nada. Ou talvez um pouco de tudo. Se me olho ao espelho, não pergunto quem sou. Sei-o tão-somente. Sei-o de cor, como se da palma da minha mão se tratasse. Se procuro no meu interior um pouco daquilo que sou - pondo um pouco daquilo que sou em tudo aquilo que faço - acabo concretizado, julgo-o por instantes, até entender que o pouco daquilo que sou se transforma. Anónimo, é também um pouco daquilo que sou, muito pouco daquilo que faço, talvez não seja nada, ou possa ser tudo. Afinal, não interessa bem quem sou... Sou apenas um pouco de mim, até ser mais um pouco amanhã... Pudera eu perceber-me! Exalto-me pela manha, frnéticos movimentos à tarde, e deambulo perdido na noite. Será que interessa assim tanto saber quem sou? Mesmo sabendo quem sou, pergunto-me... Who am I?

Anónimo disse...

Dom da palavra :)